Gentileza dos húngaros
Originalmente publicado em 2013-09-10 16:52 no blog Patinete a vela.
No meu último dia em Budapeste eu havia decido seguir um caminho ligeiramente diferente daquele com o qual eu estava acostumado até a estação de trem. Faltava meia hora para meu trem e eu estava em uma rua desconhecida, mas tinha a sensação de que a estação estaria por perto. Vi um homem e uma mulher parados conversando em uma esquina e parei para perguntar a eles onde ficava a estação Nyugati.
Nenhum dos dois falava em inglês. É óbvio. A mulher começou tentando me explicar em húngaro e linguagem de sinais. Ela fez um sinal para atravessar a rua, virar à esquerda e seguir em frente, depois virando à direita. Entendi perfeitamente a explicação, mas ela ficou em dúvida quanto à sua própria expressividade em linguagem de sinais então me pediu com um sorriso para esperar um pouco. Ela então pegou seu telefone celular e ligou para alguém que presumo seria uma pessoa que falava em inglês. Ficou uns dois minutos conversando com sua interlocutora, para chegar à conclusão de que esta tampouco sabia inglês. Nisso, o homem que estava junto nos pediu para esperar um pouco e ele mesmo pegou seu telefone para ligar para uma amiga sua. Ele ficou mais uns dois minutos conversando com ela, depois passou para o telefone para mim. A moça ao telefone me explicou em inglês: “Você tem que atravessar a rua, virar à esquerda, seguir em frente e a estação estaria à minha direita”.
Agradeci aos dois pela ajuda, impressionado com a vontade extrema dos dois de me ajudarem. A conversa toda levou uns dez minutos. A parte mais engraçada é que a estação de trem estava logo ali, a uns cinquenta metros de distância.